A UNEB, por meio do projeto de extensão “Cuidado em saúde de portadores de doenças respiratórias crônicas na pandemia de COVID-19”, vinculado ao Departamento de Ciências da Vida (DCV) do Campus I, em Salvador, está disponibilizando assistência fisioterapêutica pós-COVID-19 à comunidade.
O suporte será oferecido para adultos com idade igual ou superior a 18 anos e idosos, que tenham testado positivo para a COVID-19 e que não estejam na fase aguda da doença – é necessário apresentar comprovante de teste positivo para COVID com mais de 30 dias.
Serão atendidas também pessoas que necessitaram de internação hospitalar em decorrência da COVID-19 – se faz necessário apresentar relatório de alta do hospital ou serviço de saúde – e que referem persistência de sintomas como falta de ar ou cansaço/ fadiga para realizar atividades do dia-a-dia.
Os agendamentos devem ser realizados através do e-mail projeto.extensao.covid19@gmail.com.
O projeto de extensão é coordenado pela professora Fernanda Warken e almeja ampliar a assistência em saúde às pessoas com persistência e efeito dos sintomas prolongados e sequelas após infecção por Sars-Cov-2, em condições de COVID Longa. Alguns pacientes serão acompanhados semanalmente para avaliação do impacto da doença na funcionalidade e para que sejam oferecidas propostas de exercícios individualizados e viáveis.
Covid-19 e sintomas crônicos
De acordo com estudo organizado pela pesquisadora Sandra Lopes-Leon, de New Jersey, nos EUA e publicado na Revista Scientific Reports, do grupo da Nature, neste ano de 2021, cerca de 80% das pessoas que tiveram infecção pela COVID-19 permaneceram com sintomas crônicos após a passagem da infecção aguda. A fadiga, o cansaço ou falta de ar (também denominada de dispnéia) para realizar atividades físicas e de vida diária estão entre os mais frequentes e estas são justamente as queixas passíveis de melhora com o programa de reabilitação pós-COVID.
“À exemplo das doenças respiratórias crônicas, pessoas com Síndrome pós-COVID-19 têm apresentado excelente resposta funcional à reabilitação fisioterapêutica, com redução importante dos sintomas e retomada das atividades habituais. O tempo de recuperação depende da gravidade da COVID na fase aguda e de aspectos individuais de cada paciente como presença de doenças, de hábito prévio de atividade física, de tabagismo ou etilismo, dentre outros”, explica Fernanda Warken.
Informações: projeto.extensao.covid19@gmail.com.