Evento online celebra sesquicentenário de Mãe Aninha nesta terça (13/07)

A UNEB, através do Centro de Estudos dos Povos Afro-Índio-Americanos (Cepaia), realiza a  celebração virtual dos 150 anos da sacerdotisa Mãe Aninha nesta terça, dia 13 de julho, às 18h30, no canal da TV UNEB, no Youtube.

O evento é promovido com apoio da Sociedade Beneficente Cruz Santa do Axé Opó Afonjá.

A mesa de abertura contará com a presença do reitor José Bites de Carvalho; da deputada estadual Olívia Santana; da secretaria estadual da Promoção da Igualdade Racial, Fabya Reis; da secretaria estadual de cultura, Arany Santana, da ialorixá Mãe Ana de Xangó; da ialorixá da Casa Branca, Mãe Ana de Xangô; do ogã Emanuel Antonio, presidente da Sociedade Beneficente Cruz Santa, além de pró-reitores e assessores da Universidade.

“Celebrar o sesquincentenário de Mãe Aninha é reconhecer a importância dos saberes orgânicos e dos movimentos sociais para academia. É sinalizar para toda sociedade, por meio da UNEB, a necessidade de sermos cada mais mais ambientados a um novo mundo que é dinâmico, plural, diverso e inclusivo. Isso transcende Mãe Aninha e o Afonjá, é a celebração da vida, luta e vitória de um povo que persisti em resistir mesmo diante de tantas opressões e discriminações”, afirma Marcelo Pinto, pró-Reitor de Ações Afirmativas.

O evento contará ainda com mesa de debate sobre o tema “Quero ver meus filhos de anel no dedo, aos pés de Xangô” e reunirá  a doutora em Educação Janice de Sena, a museóloga do Museu Tempostal da Diretoria de Museus do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (DIMUS/IPAC), Lorena Ribeiro, e a doutora e escritora Vanda Machado, sob mediação do professor Sérgio São Bernardo.

A programação reserva ainda a exibição de vídeo produzido pela TV UNEB com depoimentos de personalidades sobre a vida da Ialorixá, além da apresentação virtual do coro Oyá Igbalé.

Mãe Aninha 

Filha de Africanos, Eugênia Anna Santos, conhecida como Mãe Aninha, nasceu em 13 de julho de 1869, em Salvador.  Foi fundadora do terreiro Ilê Axé Opô Afonjá, em Salvador, e no Rio de Janeiro – casas pioneiras que hoje são patrimônios históricos nacionais.

Durante sua vida, Mãe Aninha lutou para garantir as condições para o livre exercício dos cultos de candomblé no Brasil. Durante a década de 30, por intermédio do ministro Osvaldo Aranha, que era seu filho de santo, provocou a promulgação do Decreto Presidencial nº 1202, em que o presidente Getúlio Vargas colocava fim à proibição aos cultos afro-brasileiros.