Edivaldo M. Boaventura
Ex-reitor da UNEB
O ano começou para a UNEB com a nova gestão do reitor José Bites de Carvalho, reforçada pelo vigoroso pronunciamento do vice-reitor Marcelo Ávila.
Com a experiência de quatro anos, o reitor Bites projeta novos objetivos para a multicampia no território baiano com 560 mil km2 e 15 milhões de habitantes.
Começamos pelo cenário emblemático com as 24 bandeiras municipais onde se encontram os campi da universidade. O entusiasmo pela solenidade com vibração pela participação do coral de Jacobina, que abriu e acompanhou a solenidade de posse, em 5 de janeiro, com a presença e fala do secretário de Educação, senador Walter Pinheiro, e do secretário Jaques Wagner, além de outras presenças de destaque.
A mensagem do reitor Bites foi, oportunamente, programática. A experiência dos anos de reitorado iluminou as proposições do período novo que começou. O reitor Bites trabalha com a construção de uma universidade popular, democrática e plural. Considerando que há espaços em branco, isto é, sem educação superior, o reitor Bites insiste nos projetos estratégicos de desenvolvimento com a articulação das demais instituições de educação superior: universidades federais, institutos federais e universidade estaduais.
Dessa maneira, reforçou o sentimento de unidade com a consolidação do Fórum de Reitores das Instituições Públicas de Educação Superior do Estado da Bahia. Somente a formulação da multicampia da universidade alcançou regiões carentes de professores e de profissionais onde ainda existia universidade.
O amadurecimento institucional e a recepção das demandas de educação para os afrodescendentes, conduziram pioneiramente, a UNEB ao sistema de cotas étnico-social com abertura para as comunidades menos favorecidas.
O diálogo democrático entre as partes constitutivas da instituição foi possível com a participação de estudantes, docentes, servidores e técnicos administrativos, da equipe gestora central, dos diretores e diretoras, que assumiram o novo projeto de gestão que se instalou. Fazendo o balanço da gestão, instituíram-se políticas e ações para a transparência e democratização da gestão.
O fortalecimento das ações afirmativas com base na sustentabilidade e autonomia possibilitará que a UNEB potencialize os efeitos de transformação e emancipação social. Ao lado de cursos de graduação e pós-graduação formais, coexiste a universidade popular, livre e gratuita. Seguem as perspectivas para 2018-2021:Ç educação a distância, mestrados e doutorados, do orçamento participativo e da Estatuinte.
*Artigo publicado na edição de 12 de janeiro do Jornal A Tarde.