Pacientes portadores da Escoliose receberam atendimento na última quinta-feira (17), na Clínica-Escola de Fisioterapia, no Campus I da UNEB, em Salvador.
A ação do projeto Reabilitação Musculoesqueletica teve como objetivo identificar e rastrear pacientes que tenham a Escoliose, além de promover a conscientização para continuidade do tratamento. No local, foram realizadas avaliação e orientação aos portadores da doença.
O coordenador do projeto e fisioterapeuta, Paulo Lessa, alertou que o abandono ao tratamento pode desencadear no agravamento da Escoliose.
“Mesmo durante a pandemia da Covid-19, é imprescindível que o paciente continue sendo acompanhado por um profissional. O abandono ou diagnóstico tardio do tratamento podem levar sérios problemas para o portador da doença, como a progressão da curvatura da coluna, o que causa grandes desconfortos e dores, além de levar o paciente a necessitar de cirurgia em casos mais graves”, sinalizou o especialista.
Atendida pelo projeto, a paciente Gessiane de Andrade, 12, descobriu que tinha a escoliose em estágio moderado há cerca de quatro meses.
“Quando descobrimos a doença levamos um susto, porque não sabíamos se era algo grave, pois ela sentia dores e desconforto nas costas. Mas depois dos exames, do acompanhamento e do tratamento com os profisisonais por teleatendimento nos tranquilizamos”, relatou a mãe da adolescente, Valdirene dos Santos.
A iniciativa teve apoio dos estudantes de Fisioterapia da universidade. Os atendidos continuarão o tratamento no projeto por um período de seis meses.
Conscientização da Escoliose
O mês de junho foi escolhido com objetivo de criar uma educação positiva sobre a conscientização da Escoliose. A iniciativa é representada pela campanha Junho Verde. A data 27 de junho é marcada como o Dia Internacional da Conscientização sobre a Escoliose.
A Escoliose é uma curvatura lateral da coluna no plano tridimensional do movimento (esquerda/direita, frente/costas e ao redor do próprio eixo pela rotação de uma vértebra) o que lhe confere a aparência de um C (uma só curvatura) ou de um S (mais de uma curvatura). A deformidade pode ser vista olhando a pessoa de costas.
O diagnóstico da escoliose é realizado através da avaliação clínica de assimetria dos ombros e da pelve, seguida da radiografia panorâmica da coluna do paciente.
Normalmente, a doença se desenvolve em meninas na fase da menarca (primeira menstruação). De acordo com o especialista Paulo Lessa, fatores hormonais, problemas de frouxidão ligamentar e características genéticas e hereditárias podem favorecer maior incidência da escoliose em adolescentes do sexo feminino.
Informações: fisioterapia@uneb.br.