O Conselho Universitário (Consu) da UNEB aprovou o retorno das atividades acadêmicas de graduação e manutenção das atividades administrativas de forma remota.
A deliberação ocorreu após a análise dos resultados da Pesquisa UNEB 2020: Nós por Nós, divulgados nesta terça-feira (6).
Instância máxima deliberativa da universidade, o Consu reuniu-se mais uma vez remotamente, via aplicativo Microsoft Teams, contando com a participação de 51 conselheiros; a sessão foi transmitida ao vivo pelo canal da TV UNEB no YouTube.
A pesquisa, realizada entre os dias 20 de agosto e 18 de setembro, teve como objetivo construir dados que subsidiem estudos e proposições da administração universitária para suas atividades finalísticas até que exista condição segura para retorno presencial, frente à pandemia do novo coronavírus.
Participaram da pesquisa 1.741 docentes (84,2%), 14.512 estudantes (77,1%), 945 técnicos administrativos (77,1%) e 606 profissionais terceirizados. Com esses números, a universidade ultrapassou a meta de 75% de adesão da comunidade acadêmica à consulta.
A pesquisa apresentou questões sobre as condições físicas, mentais e sociais dos integrantes da comunidade, sobre conectividade, disponibilidade de aparelhos e propostas para o futuro próximo das atividades acadêmicas e administrativas na universidade.
“A participação massiva da comunidade acadêmica na pesquisa reforça a implicação de todos e todas na construção coletiva das iniciativas estratégicas que irão alicerçar as ações da nossa universidade durante e após a pandemia. Os dados colhidos representam a diversidade de experiências e demandas de cada público da UNEB, garantindo que as políticas acadêmicas, de ações afirmativas e de assistência estudantil da universidade sejam produzidas de forma contextualizada”, destacou o reitor da UNEB, professor José Bites de Carvalho.
Resultados apontam viabilidade do ensino mediado por tecnologia
De acordo com os dados coletados, a maioria dos estudantes (65%) e dos professores (62%) afirmou que deseja retornar às atividades de ensino mediadas por tecnologia. Já para 62% dos técnicos administrativos e 52% dos profissionais terceirizados, a universidade deve aguardar o fim da pandemia para retornar as atividades de forma presencial.
Quando consultados sobre a posse de equipamentos tecnológicos com capacidade de conexão, 99% dos estudantes, 98% dos professores, 98,3% dos técnicos administrativos e 98% dos terceirizados responderam afirmativamente.
Outros dois pontos da pesquisa se destacam: Possibilidade de executar programas e aplicativos para desenvolvimento de suas respectivas atividades e Fácil acesso à internet em casa. Para a primeira pergunta 60% dos estudantes, 65% dos professores, 59% dos técnicos e 66% dos terceirizados afirmaram ter meios para executar os programas e aplicativos que permitam realizar as suas atividades remotamente.
Já para a segunda questão, 89% dos estudantes, 96% dos docentes, 90% dos técnicos e 89% dos terceirizados afirmam que possuem acesso à internet em casa.
“Os indicadores da pesquisa apontam para a viabilidade social e técnica do retorno remoto das atividades acadêmicas e administrativas. Todas as medidas e investimentos necessários já estão sendo empenhados para garantir essa retomada de forma inclusiva e de qualitativa”, frisou Bites.
Plano de investimentos
A partir da análise dos dados, a universidade construiu um plano de investimento para o desenvolvimento de atividades acadêmicas e administrativas remotas, que será executado em parceria com o governo do estado.
No quesito conectividade, haverá investimentos na aquisição e aluguel de equipamentos, contratação de dados móveis e na criação da bolsa conectividade para os estudantes.
Para o campo da infraestrutura tecnológica, está prevista a implantação de um ambiente para atividades acadêmicas remotas e EaD, a atualização da Plataforma Moodle, a aquisição de equipamentos para adaptação ao trabalho virtual home office e nas dependências da instituição, além da implementação da biblioteca virtual.
O plano prevê ainda a implantação do Programa Interno de Apoio à EaD, criado pelo Consu no último dia 30 de setembro.
Início das atividades remotas
A partir da análise descritiva da pesquisa, o Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consepe) irá deliberar sobre os encaminhamentos acadêmicos.
De acordo com o reitor José Bites, o Consepe irá definir a estrutura de oferta do ensino remoto, como calendário acadêmico e componentes curriculares.
“Só após o parecer do Consepe será possível estabelecer prazos definitivos para o início das atividades de graduação com mediação tecnológica. Porém, nossa estimativa é que em três semanas as aulas já sejam iniciadas”, destacou o reitor.
Confira a íntegra do resultado descritivo.
Foto (print): Núcleo de Jornalismo/Ascom.