Encontro de Lésbicas e Mulheres Bissexuais destaca Feminismo Interseccional

Elvis Cássio*
Núcleo de Jornalismo
Assessoria de Comunicação

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Cerca de 150 pessoas participaram da quarta edição do Encontro de Lésbicas e Mulheres Bissexuais da Bahia (IV Enlesbi), que aconteceu entre os dias 18 e 21 de agosto.

Com o tema Lésbicas e Mulheres bissexuais por um feminismo interseccional: Refletindo sobre nossas teorias e práticas “Eu Te deixo Ser, deixa-me Ser então”, a iniciativa teve como objetivo tecer diálogos sobre questões da comunidade lésbica e bissexual, e possibilitar o compartilhamento de experiências no ativismo e no enfrentamento das violências.

A mesa de abertura, que aconteceu no Centro de Treinamento da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), em Itapuã, contou com a presença de diversas autoridades políticas, líderes e representantes de movimentos sociais e instituições parceiras.

 

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“Falar sobre feminismo interseccional é combater as opressões de gênero, raça e classe social. Nosso objetivo é lutar por uma política de inclusão que possa reverter os altos índices de violência, buscando o fortalecimento de laços da auto-organização das lésbicas e bissexuais juntamente com os seus valores e direitos”, ressaltou a coordenadora do Centro de Estudos em Gênero, Raça/Etnia e Sexualidade (Diadorim/Cegres) da UNEB, professora Amélia Maraux,

A secretária de Promoção de Igualdade Racial (Sepromi), Fabya Reis, destacou que um dos principais desafios para as esferas governamentais é a incorporação de pautas, demandas e a execução de políticas com a observância das questões de gênero e da diversidade LGBT.

“Na Bahia, temos o Estatuto da Igualdade Racial de Combate à Intolerância Religiosa, para o qual estamos trabalhando na regulamentação do capítulo sobre mulheres negras, trazendo estes temas para o centro das discussões”, disse a secretária, lembrando que o planejamento de ações para a Década Internacional Afrodescendente deverá apontar políticas prioritárias a serem executadas até 2024, contemplando mulheres negras lésbicas e bissexuais.

A solenidade de abertura contou ainda com a presença de representantes das secretarias de Políticas para Mulheres (SPM), de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SJDHDS) e da Educação (SEC), de Ongs , movimentos sociais e instituições parceiras.

Extensa programação

O encontro, que seguiu com programação até o dia 21 de agosto, contou com rodas de conversa e oficinas.

Entre as temáticas abordadas estavam Lesbianidades, Bissexualidades e negritudes em rede na América Latina: resistências e alternativas contra a ofensiva imperialista em defesa da Democracia; e Mais amor, mais prazer, por uma vida sem violência: refletindo sobre os Impactos da lesbofobia, bifobia, racismo, sexismo, classismo e heteronormatividade no corpo das lésbicas e mulheres bissexuais.

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A articuladora estadual da Liga Baiana de Lésbicas (LBL) e também coordenadora do evento, Altamira Simões, destacou a grande presença de jovens no evento. “A participação dos jovens fortalece novos espaços de agrupamento para pensar políticas públicas para as lésbicas e bissexuais na Bahia”, salientou.

O evento reservou ainda atividades culturais e a III Caminhada lésbica e das mulheres bissexuais uma ação política e tem o intuito de denunciar o cenário de violência e vulnerabilidade a que estão submetidas as lésbicas e mulheres bissexuais, mas também vem celebrar a visibilidade das vivências, seus corpos e seus afetos comemorando o dia 29 de agosto, Dia Nacional da Visibilidade Lésbica.

*Com informações da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR)

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